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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Bossa entrevista: Dagoberto Rosa

  O colunista Dagoberto Rosa, nascido em São Carlos e formado em jornalismo na Faculdade de Comunicação Social Anhembi (hoje Anhembi/Morumbi) /São Paulo comemora 30 anos de colunismo com um jantar no dia 21 de outubro na sede social do São Carlos Clube.
  Aproveitando a comemoração, nós da Bossa que temos um carinho imenso fizemos uma entrevista para saber um pouco mais desse grande jornalista que nos acompanha desde o começo da loja.

Dagoberto entrevistando Bertollo


Bossa: Desde a faculdade o foco era se tornar um colunista social?
Dago: Não tinha o colunismo como foco, estava me direcionando para a publicidade e propaganda.


Bossa: Qual foi o seu primeiro trabalho na profissão de jornalismo? O começo foi difícil?
Dago: Foi aqui em São Carlos, após retornar da faculdade, através de um programa que eu tinha na Rádio São Carlos, "Sexta Especial". E não foi difícil não, pelo contrário foi muito prazeroso e é até hoje.


Bossa: Com tantos anos de experiência, o que você pode diferenciar do jornalismos de agora com o de 20 anos atrás?
Dago: Lógico que mudou: antes mais hermético, mais sisudo, mais contido.... e hoje em muitos outros formatos. Entendo que hoje o profissional tem muito mais recursos, mais ferramental e se aliar a isso tudo empenho e dedicação o resultado será bom.

Estilista Fred Lessa, Breno Meneghelli e Dagoberto Rosa


Bossa: Nas festas sempre existem pessoas que não são "colunáveis" e querem ser entrevistadas, como você sai dessa?
Dago: Em qualquer evento, o foco são os seus anfitriões, lógico. Mas outras pessoas que estão neste evento fazem parte dele e portanto são interessantes também. O que muda é a dose.


Bossa: Que conselho você daria para um jovem jornalista?
Dago: Não diria conselho, mas uma sugestão: quanto mais preparo melhor, em todas as áreas. Se interesse por tudo e por todos.


Bossa: Se tivesse que optar por outra profissão, qual seria?
Dago: Médico...gosto muito dessa área.

Dagoberto Rosa com as homenageadas " Mulheres empreendedoras 2010"



Bossa: Pioneiro no colunismo social em São Carlos, como você enxerga essa nova geração que veio depois?
Dago: Não sou pioneiro, outros vieram antes, como Anita Censoni, Lãines Paulillo, Aduar Dibbo...eu me posicionei com a mudança do clichê para o sistema off-set de impressão, uma outra página na história da imprensa. Os novos são importantes, ajudam também, cada um vive o seu momento, busca o seu espaço... e o resultado disso tudo é muito bom.


Bossa: Muitas vezes ouvimos falar que o Dagoberto é o "Amaury de bigodes", o que acha dessa comparação?
Dago: Comparações são inevitáveis em qualquer área de trabalho. Vejo com muito bom humor.


Bossa: Já deu algum "fora" com algum entrevistado? Como foi?
Dago: Jà, lógico, troquei alguns nomes, coisas assim. Uma situação cômica foi quando em uma entrevista com o Dr. Luis Ubirajara Rosa (já falecido), conhecido como um excelente profissional mas também um ótimo piadista, nenhum de nós dois conseguia mais falar (ele havia contato piadas antes) e encerramos a gravação.


Bossa: Sabemos que recebe muitos elogios pelo grandioso trabalho que faz, mas como reage quando vem aquela crítica?
Dago: Recebo bem, muito bem mesmo. Até agradeço em alguns casos. Já tive leitores que me pediram se podiam corrigir o português, concordância... Aceitei e pedi que me enviassem correções sempre que achassem oportuno. E aproveito até hoje. Na tv também, cometo erros, pois meu estilo é o do expontâneo, sem ensaios ou marcações, entendo que é mais autêntico...e este estilo por muitas vezes me leva a cometer erros. E os telespectadores que acompanham me alertam e vou corrigindo aqui e ali.


Bossa: Dago você passa uma imagem de um jornalista serio e reservado. Gostaríamos de saber como é você no seu momento de lazer?
Dago: Quando estou em um trabalho me sinto melhor fazendo-o do modo mais profissional possível. Entendo que as pessoas merecem respeito sempre. Depois que cumpri minhas obrigações aí sim, me divirto como você, como qualquer outra pessoa.


Bossa: Em 30 anos de carreira, gostaria que você elegesse o melhor e o pior momento.
Dago: Nunca havia pensado nisso. Todos os momentos são bons. Algumas situações podem ser mais trabalhosas e outras nem tanto, mas sempre prazerosas. Já vivi situações de iniciar eventos, como apresentador, com indisposição física e depois constatar que tudo havia passado. Ou seja, esta atividade me faz muito bem.

Um comentário:

  1. Muito legal...vcs sabiam que qdo cheguei em São Carlos, o Dagoberto foi quem deu a minha primeira oportunidade de escrever sobre moda no Jornal Primeira Pagina.....
    tempo bom....a coluna chamava-se Moda Estilo e Personalindade!
    Parabens!

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